
Este é um post expresso. Uma chamada urgente à responsabilidade de cada um de nós, quanto ao “não-direito” de relaxar e “dar de ombros” ao gravíssimo quadro que se anúncia contra o atual presidente da República e seus “novos” – velhos – amigos.
Sem nenhuma materialidade profunda, muito embora a lógica não permita outra conclusão, muitos de nós apoiamos ou, ao menos, não nos opusemos ao Impeachment de Dilma.
Agora, tão logo se comprove o teor do que o delator denunciou (e, mantenho o friso no termo “comprove“, já que deveríamos ter aprendido algo com a “escola Base” e, mais recentemente, com a operação “Carne Fraca”), não há nenhum espaço para exigirmos menos do que o impeachment de Temer.
Toda e qualquer desculpa como:
- “o Brasil não aguentará outro processo de impedimento”
- “a Economia não vai receber bem isso”
- “São todos iguais, pra que tentar mudar?”
– São assinaturas de hipocrisia nas costas de cada um que justificar o silêncio, por este caminho. Dilma não contou com nenhuma benevolência ou apatia. Por que Temer contaria com isso?
Esse é um momento crítico na vida política, social e moral dessa Nação. Tudo está corroído e a sujeira é omnipresente. Só resta, se quisermos não viver sempre com vergonha, encararamos a dolorosa missão de investigar todo o nosso modelo político e processar cada um dos réus.
Essa é a nossa única chance de mostrar que não toleraremos mais a postura 100% corrupta de Brasília que, sempre devemos lembrar, não é nada diferente do dia-a-dia do povo que os elege.
Ainda assim, são momentos como esse que separam um povo realmente buscando uma vida pública decente, daqueles que só usam frases cheias de ufanismo e um falso patriotismo para substituir quem não está atendendo aos interesses excusos de grupo A ou B.
SE provado, o vídeo de Temer não deixa espaço algum para o questionamento: A nossa exigência mínima seria a renúncia imediata e a continuação do processo penal por corrupção.
Caso contrário: Impeachment. Dessa vez, sem a palhaçada de não suspender direitos políticos.
Quanto a Aécio: Era a prova que faltava para quem achava que a corrupção era exclusiva de Lula e PT. A Corrupção na política brasileira não é de um partido. É do sistema inteiro e de todos os partidos que partilham o poder como um doce do qual nunca se cansam de se lambuzar. E sempre haverá a dúvida: Os únicos partidos não citados na Lava-Jato são os que não participam do poder; às vezes, com 2 ou 3 deputados eleitos. Seria porque são éticos, ou é a simples falta do que negociar?
É obrigação de qualquer sociedade séria, lembrar seus políticos à quem eles servem, o que é servir o público e de onde o poder que usurpam realmente emana.
Qualquer atitude diferente dessa, comprovará o que muitos desconfiam: Que houve um golpe, o poder foi tomado pelos velhos lobos da política, à favor de uma classe média ressentida e vingativa, e contra os mais fracos e miseráveis.
E pouco importa se essa é a mais pura verdade ou não. Só importa o que parecerá ser. A apatia (ou sua ausência) vai confirmar (ou desmoronar) essa hipótese.
E Lula, com todos seus crimes mais do que certos (basta analisar o enriquecimento expresso [e muito provavelmente ilícito] de sua família), vencerá o pleito de 2018, com essa narrativa. Fortemente reforçada pela atitude preguiçosa e apática que muitos já esboçam (mas, não devem).
A reação deverá ser forte. Ou mereceremos, para sempre, o pior.
E o pior não tem limites.